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Briskcom - TELECOMUNICAÇÕES EM ÁREAS REMOTAS: OS DESAFIOS DO BRASIL

O Brasil é um país de dimensões continentais, com a sua população distribuída de maneira heterogênea ao longo do território. Conta, assim, com algumas regiões densamente povoadas e outras com baixíssima concentração populacional. Para se ter uma ideia, enquanto a região sudeste tem uma concentração de 86,3 habitantes/km², a região Norte possui apenas 4,0 habitantes/km², conforme dados de 2008 do IBGE.

Via de consequência, a infraestrutura de telecomunicações também tem cobertura desigual pelo Brasil, sendo maior onde se encontram os principais aglomerados urbanos. É natural que sejam feitos mais investimentos nos locais onde existam mais pessoas e, portanto, maior demanda.

Assim, regiões remotas, afastadas dos centros urbanos, como áreas rurais, ou mesmo cidades do interior, não atraem investimentos e, por isso, sofrem com a precariedade da infraestrutura de telecomunicações ou mesmo sua inexistência. E, infelizmente, não são poucas as regiões que encaram esta realidade no nosso país.

Vale lembrar, que não é preciso ir muito longe para perceber este problema. A deficiência da infraestrutura de telecomunicações é sentida mesmo por pessoas que residem nas grandes cidades. É muito comum essas pessoas presenciarem sinal fraco, velocidade baixa de navegação e quedas de conexão frequentes. Então pense só a dor de cabeça que isso deve causar às pessoas que estão nas regiões mais afastadas destes centros urbanos.

EMPRESAS COM OPERAÇÕES CRÍTICAS EM ÁREAS REMOTAS

Pois bem, quando pensamos no contexto empresarial esse problema ganha uma dimensão ainda maior. Falhas de comunicação podem significar paralisação dos negócios e grandes prejuízos. Diversos setores, sofrem muito com as limitações causadas por serviços de telecomunicações ineficientes.

Os setores de mineração, agronegócio e energia elétrica podem ser destacados como dos mais afetados pela falta de serviços de qualidade. Isto porque, pela própria natureza do negócio, possuem operações em locais distantes dos centros urbanos.

Podemos citar também empresas do setor de construção de infraestrutura como, por exemplo, rodovias, além de grandes indústrias e redes varejistas, que possuem lojas ao longo de estradas e cidades do interior.

Essas empresas não podem ficar à mercê de oscilações e falhas de conexão. Possuem operações em ambiente de missão crítica, com aplicações que necessitam de alta disponibilidade, ou seja, não podem ficar “fora do ar”. Logo, é essencial uma conexão de alto desempenho para o bom funcionamento do negócio.

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AS ALTERNATIVAS DE TELECOMUNICAÇÕES PARA ÁREAS REMOTAS

Existem dois tipos de meios de transmissão: os confinados (ou guiados) e os irradiados (ou não guiados). Os confinados são aqueles que utilizam cabos metálicos, coaxiais e ópticos para propagação do sinal. Nos irradiados, as ondas eletromagnéticas propagam no espaço livre entre os pontos de transmissão e de recepção.

Os meios de transmissão confinados dependem, portanto, da instalação de estruturas terrestres. Quando a distância entre os locais que se deseja interligar é grande, esta instalação pode ser muito cara e complexa, não justificando o investimento caso não haja uma demanda relevante. Isso sem falar dos casos em que a topografia pode até inviabilizar a construção desse tipo de infraestrutura.

Nos meios irradiados a transmissão e recepção de sinais é feita através de propagação de ondas eletromagnéticas e a tecnologia, a ser utilizada para tanto, pode ser uma rede de enlaces terrestres com estações repetidoras ao longo rota, ou através de comunicação por satélite. A rede celular (tecnologias 3G, 4G e, em breve, 5G, para comunicação de dados). É uma rede de rádio terrestre.

COMUNICAÇÃO VIA REDE CELULAR

Já há algum tempo, as operadoras de telefonia móvel do país investem na ampliação da cobertura dos serviços que oferecem por meio da expansão da sua rede celular.

Entretanto, as áreas de maior densidade populacional seguem sendo priorizadas em detrimento daquelas mais isoladas e que acolhem número menor de habitantes. Afinal, como já mencionado acima, é possível perceber a precariedade da rede mesmo nos grandes centros urbanos, onde a demanda é enorme. Deste modo, ainda é uma realidade no Brasil a existência de vastas áreas sem cobertura ou com cobertura extremamente precária.

COMUNICAÇÃO VIA RÁDIO TERRESTRE

Uma alternativa comumente usada para levar acesso à internet às regiões de menor densidade populacional é a conexão via rádio utilizando frequências não licenciadas. Existem hoje muitos provedores regionais que provêm serviço de internet via rádio.

Vale fazer aqui uma importante distinção. O meio de transmissão irradiado utiliza ondas eletromagnéticas do espectro de radiofrequências (RF) para transportar os sinais de comunicação. Este espectro é limitado, escasso, oneroso e, por isso, regulado, visando garantir o uso desse recurso de maneira apropriada por todos os interessados.

Parte deste espectro requer autorização da ANATEL para o seu uso, são as frequências licenciadas. As faixas de frequência utilizadas na comunicação por celular e por satélite se incluem nessa modalidade.

A outra parte do espectro pode ser utilizada sem a autorização para uso de radiofrequência. Um ponto negativo é que, como o uso dessas faixas é liberado, pode concentrar um número muito grande de usuários compartilhando este mesmo recurso (as frequências não licenciadas), fazendo com que a percepção do usuário seja de um serviço de má qualidade.

Usualmente os provedores de internet via rádio utilizam frequências desta parte do espectro. A instalação é rápida e simples e vem se apresentando como uma solução para usuários que não requeiram alta disponibilidade e alta confiabilidade na conexão. Um limitador aí é que as empresas provedoras de serviço de internet via rádio precisam estar conectadas a rede terrestre. Precisam de uma conexão de qualidade para que possam expandi-la via rádio para outras as localidades.

COMUNICAÇÃO VIA SATÉLITE

Finalmente, temos a comunicação via satélite. A grande vantagem desta tecnologia é a possibilidade de cobertura de qualquer ponto do território brasileiro, indo de encontro com as demandas por comunicação em áreas distantes dos grandes centros urbanos.

A instalação é rápida e relativamente simples no que diz respeito a infraestrutura necessária. Basta fazer a instalação de uma antena e modem no ponto remoto.

Claro que não é qualquer comunicação via satélite que é boa. É muito importante entender as diferenças entre cada uma. Recentemente, estamos observando muitas promoções com sistemas baseados em Banda Ka, que é uma faixa de frequência muito alta e, por isso, sofre mais atenuação (perda de potência).

Apesar dos links de banda Ka serem muito baratos em relação à outras bandas satelitais, os mesmos devem ser usados apenas para operações não críticas, pois por uma característica física da comunicação, estes enlaces são mais suscetíveis à quedas, principalmente quando o tempo está fechado ou chovendo. Além disso, atualmente, a banda Ka não está presente em 100% do território nacional.

A Banda Ku, faixa de frequência intermediária, é adotada para diversos tipos de projetos. Desde a internet convencional, quanto enlaces de alta disponibilidade e capacidade. Pela faixa de frequência ser mais reduzida em comparação com a Banda Ka, ela tem um custo maior, no entanto, com os novos satélites HTS (High Througput Satelites), este custo vem caindo muito. Atualmente serviços de Banda Ku estão disponíveis em todo o território nacional.

Existem vários outros serviços de satélite (inclusive outras bandas), como telefonia por satélite, rastreamento, etc, que usam banda L. Sistemas militares que utilizam a banda X, dentre outros, mas este papo fica para outro post!

A Briskcom é prestadora de serviços de comunicação por satélite para o mercado corporativo, especializada em soluções que demandam alta disponibilidade. Trabalha com diversos satélites, em posições orbitais distintas, que cobrem todo o Brasil. É muito conhecida por suas soluções customizadas, desenhadas de acordo com a realidade de cada cliente, e pelo seu alto padrão de serviço e atendimento.

Quer saber mais sobre como os satélites começaram? Leia nosso post sobre a História dos satélites de comunicação.

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